segunda-feira, 5 de março de 2012

O CAMARADA QUE POLUIA O RIO!!!


Depois da partida de Lisboa, com passagens pelo Campo Militar do Grafanil, pelas matas do rio Dange, norte de Angola, novamente no Grafanil, onde “festejamos” o 1º. Aniversário, Nambuangongo, Rio Zenza, partimos para o leste, com paragens em Camgumbe, Canage e Lucusse, chegámos finalmente, à nossa última etapa, por terras de Angola, no Lunguebungo.

FOTO 1 - SECANDO NA CORDA
Fazíamos, então, proteção à “JAEA”, na construção da estrada Luso-Gago Coutinho, um certo camarada participava com frequência, com o seu pelotão, na referida proteção, e quando regressava destas missões só se lhe via os olhos depois de tirar os óculos, o resto era só pó. Então em vez de se dirigir ao aquartelamento, ia diretamente para o rio, entrava na água completamente vestido, para uma primeira lavagem, saía de seguida e esfregava-se com sabão, tanto no corpo, como no camuflado, até onde alcançava, tudo isto presenciado por outros camaradas, - que todos os dias rumavam ao rio, para o banho, muitas vezes bi-diário - mergulhava novamente nas límpidas águas do rio para a lavagem final, desta maneira, o camarada não necessitava de lavadeira! Escusado será dizer que o rio ficava completamente poluído.

Depois, “secava”, ora na corda (Foto 1), ora deitado sobre o capim (foto 2).

FOTO 2 - DEITADO SOBRE O CAPIM
Fotos cedidas por: João Merca
Texto: Fernando Santos

2 comentários:

  1. Esta “estória” contém uma mistura do real, com a ficção e a imaginação, aproveitou a brincadeira do camarada, completamente encharcado e pendurado na corda da roupa.
    Muitos outros camaradas, atiravam-se para a água, com toda a roupa que tinham vestida, não porque fosse mais prático lavar assim, mas porque a absorção de cacimbo já era muita e a comissão aproximava-se a passos largos do fim.
    F. Santos

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  2. Ainda não existiam as máquinas de lavar roupa. Belo testemunho.

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